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Alguém falou “MIOJO”?
Durante as últimas semanas, vêm chamando a atenção nos recordatórios alimentares a alta ingestão de macarrão instantâneo, pelos pacientes. O qual os mesmos consideram saudáveis e práticos. Vamos começar falando porque ele fica pronto em tão pouco tempo. No processo de fabricação desse macarrão, ele primeiro é PRÉ-COZIDO. Por isso, cozinha tão rápido. O problema é que, para ele ficar na forma que ele é vendido (e não molinho como são os macarrões cozidos) ele precisa perder água, e isso é feito através de FRITURA.

Segundo,(abima 2013) os maiores consumidores de macarrão instantâneo no Brasil são crianças e idosos pela textura mais mole, com maior consumo na região sul e na grande Rio de Janeiro, comprado por donas de casa que trabalham fora, devido a praticidade.

Nesta pesquisa publicada em 2015 na Revista de saúde pública, os resultados indicam prejuízos à saúde decorrentes da tendência observada no Brasil de substituir refeições tradicionais baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados por alimentos ultraprocessados, e apoiam a recomendação para ser evitado o consumo desses alimentos, devido que eles geram excesso de peso, incidência a carie dentaria, aumentam a morbimortalidade por doenças cardiovasculares. Por outro lado, a ingestão insuficiente de fibras aumenta o risco de obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e vários tipos de câncer, como de cólon, reto e de mama, enquanto a ingestão insuficiente de potássio aumenta o risco de hipertensão arterial.(São Paulo and Augusto Monteiro n.d.)

As metas de redução de sódio em alimentos processados têm pequeno impacto no consumo médio de sódio na população brasileira, que permanece acima do limite máximo recomendado de 2.000mg/dia. No ano de 2008/2009 o teor médio de sódio no Inquérito Nacional de Alimentação para o macarrão instantâneo era de 429mg, já em 2013 passou 1920,7mg de teor máximo de sódio. Neste sentido, políticas públicas voltadas para o estímulo de mudanças comportamentais que visem a redução da adição de sal no preparo de alimentos e menor consumo de alimentos ultraprocessados, tendo como base o novo Guia Alimentar para População Brasileira desempenham papel fundamental para mudanças efetivas no padrão de consumo de sódio na população brasileira. (De et al. 2016)

Conclui-se que o famoso “miojo”, que a mãe dá para o filho, que o universitário come no almoço e janta ou o que o idoso faz no jantar, traz somente malefícios para saúde, que vão da obesidade ao câncer, então não é porque estou com peso adequado que eu posso comer à vontade, pois ele não se relaciona somente a obesidade, o teor de sódio pode levar a hipertensão, quando se alimenta somente de alimentos ultraprocessados, passa-se a ingerir menos fibras e o risco ao câncer aumenta. Resumindo, o miojo não deve ser consumido nem por adultos e muito menos por crianças.

“Vamos lá gente, coragem e nada de preguiça... São 5 a 10 minutinhos a mais para preparar um macarrão comum, e muitos anos de vida a mais que vamos ganhar!"

Cristiane Leal Scortegagna
Nutricionista Clínica e Esportiva
CRN 13795D