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Parque de Preservação Ambiental Verginio Marosin
Verginio Marosin nasceu em Alfredo Chaves (Veranópolis/RS), dia 7 de dezembro de 1900. Era filho dos imigrantes italianos Bortolo Giuseppe Marosin e Maria Antonia Capelli Marosin. A mãe saiu já grávida da Itália.

Veio para a vila de Marau ainda jovem e dedicou-se ao ramo industrial. Foi grande incentivador do progresso e, mesmo sem a graduação formal, possuía muito conhecimento na área de engenharia.

Casado com Dosolina Borella Marosin, teve os filhos: Darvin Antônio, Edison Luis e Julieta. Leitor inveterado, assinava diversos jornais, acompanhava revistas científicas e se mantinha sempre muito bem informado. Foi de suas leituras, aliás, que veio a inspiração para a escolha dos nomes dos filhos. Influenciou-se pelos cientistas Charles Darwin e Thomas Edison e pela personagem Julieta de William Shakespeare.

Montou, juntamente com alguns sócios, um moinho de trigo e milho, uma serraria e uma funilaria. Com ousadia e grande força de vontade, foi um dos responsáveis pela instalação da Usina Hidrelétrica do Rio Marau (que forneceu, em 1928, a primeira energia ao distrito). Tendo o sogro - o industriário Júlio Borella - como financiador, viajou à Itália para a compra do dínamo (gerador) que possibilitou a montagem da usina. Conta a neta Clóvia Marozzin Mistura que, anos depois, uma enchente atingiu os equipamentos e Verginio Marosin precisou ir novamente à Itália para adquirir um segundo dínamo. Dessa vez, porém, já com recursos próprios.

 Manteve por alguns anos, também ao lado de sócios, uma fábrica de papelão na localidade de São Francisco.

Dedicou-se ainda ao comércio e à prestação de serviços. Fez curso de eletrônica e abriu uma loja de material elétrico. Foi pioneiro na venda de aparelhos de rádios e televisões e na instalação dos receptores de sinal. 

Como estava sempre informado dos acontecimentos mundiais, por volta dos anos 50, soube que o papa faria uma missa com bênção coletiva que seria transmitida pelo rádio. Avisou toda a comunidade local e instalou um rádio potente na frente da sua casa (na esquina da Av. Presidente Vargas com a Rua Darvin Marosin). Assim dezenas de pessoas puderam se reunir ao redor e receber a bênção. A neta Iede Marosin Lóttici lembra que foi grande a repercussão desse fato: todos ajoelhados, nas proximidades da residência, rezando com o papa...

A neta Clóvia Marozzin Mistura relata outro fato pitoresco... Para impressionar sua pretendente, que era de uma família com maior poder aquisitivo, ele colocava pregos nos bolsos quando ia à missa. Posicionava-se perto da Família Borella e mexia nos bolsos para fazer barulho de moeda.

Muito contribuiu com as entidades socais, tendo assumido o cargo de presidente do Clube Liberdade. Foi ainda subdelegado de polícia, subprefeito do Distrito de Marau e membro da comissão emancipacionista.

Nos momentos de lazer, gostava de jogar crapô com os filhos e os netos. Alegre, bem humorado e brincalhão, mais de uma vez vestiu um terno vermelho e saiu pelas ruas à noite para dizer que havia aparecido por Marau o "Sanguanel".

Faleceu em 30 de maio de 1969.

Leva seu nome, em Marau, o Parque de Preservação Ambiental que vem sendo implantado pela família na Comunidade do Cachoeirão e, também, uma rua do Bairro Angela Borella.