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EMEF Hygino Coelho Portella

Hygino Coelho Portella nasceu em Soledade/RS dia 27 de junho de 1916.

Filho de João Antônio Chaves e Evarista Coelho Portella, teve cinco irmãos: Santiago, Isaura, Pedro, Etelvino e Custódio.

Desde muito cedo se viu obrigado a ingressar no mundo do trabalho, tendo em vista a busca pela sobrevivência. Como seu pai possuía poucas terras, aos oito anos foi morar na propriedade de uma senhora viúva para ajudá-la nos serviços. Estudou pouco tempo na escola formal, mas adquiriu o gosto por cálculos e pela leitura, especialmente de poemas. Trabalhou arduamente para manter a propriedade e garantir o sustento seu e de sua protetora, sem receber nada em troca.

Cumpriu o Serviço Militar em Canoas/RS, no 3º Regimento de Aviação, e em 3 de janeiro de 1940 ingressou na Brigada Militar, no Terceiro Regimento da Cavalaria em Passo Fundo/RS. Atuou nos municipios gaúchos de Seberi, Palmeiras, Ibirapuitã e Soledade.

Aos 25 anos casou-se com Thereza Klar Becker, com quem teve apenas um filho, Neury Becker Portella.

Atuou no comércio e na lavoura em Ibirapuitã/RS e Passo Fundo/RS até que, em 1 de agosto de 1956, transferiu-se para Marau/RS. Ao chegar aqui passou a atuar apenas na área comercial.

No aspecto político, desde sua juventude teve engajada participação, como petebista, sempre defendendo os ideais de lideranças como Alberto Pasqualini e Getúlio Vargas.

Com o bipartidarismo, em 1964, ingressou no Movimento Democrático Brasileiro, agremiação cuja doutrina lhe parecia mais condizente com seus próprios ideais.

Ao voltar a pluralidade dos partidos, fundou o diretório local do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e, posteriormente, do PDT (Partido Democrático Trabalhista).

Candidatou-se a prefeito e a vereador, mesmo sabendo de suas limitações, como oposição e minoria. Seus planos como candidato sempre incluíam o amparo aos agricultores, a construção e a manutenção das escolas, a promoção de áreas de lazer, a melhoria do nível social e econômico dos professores e especial atenção às crianças e aos idosos.

Em 1991, na condição de suplente, assumiu por um breve período uma cadeira no Poder Legislativo.

Nunca mediu esforços quando era preciso fazer algo em prol da comunidade. Sempre disposto ao trabalho comunitário, com humildade e solidariedade, ajudava a todos, desconsiderando filiações políticas, classe social, crença ou cor.

Foi ainda coordenador do Centro Social Urbano (01/06/93 a 01/08/95) e chefe de turma da Secretaria de Serviços Urbanos (01/08/95 a 31/12/96).

Faleceu em 8 de agosto de 1998.

Leva seu nome, em Marau, a Escola Municipal de Ensino Fundamental localizada no Bairro Rigo.