Rua Jacinto Cerato

Jacinto Cerato nasceu em Enego/Província de Vicenza (Região do Vêneto/Itália), no dia 20 de dezembro de 1871. Filho de Gaetano Cerato e Ângela Frizon, foi registrado, ainda na Itália, com o nome completo de Giacinto Ângelo Antônio Cerato.
Ao migrar para o Brasil, em 1899, era estudante de Medicina e conhecia bem o latim. Aportou no Rio de Janeiro/RJ com 28 anos, seguiu para São Paulo/SP e, mais tarde, transferiu-se para a região onde hoje situa-se o município de Fagundes Varela/RS. Ali passou a atuar como professor de português em uma escola pública.
Em 2 de abril de 1901 casou-se, na Paróquia de Veranópolis/RS, com Amabile Berti, com quem teve nove filhos: Ignes Cerato (casou com Jorge Matheus Rigo), Ambrosina Ângela Cerato (casou com Silvio Lunardi), Carlos Francisco Cerato (casou com Branca Falkembach), Lino Achiles Cerato (casou com Ângela Borella), Anita Cerato (casou com Pedro Ortigara), Genoeffa Lina Cerato - conhecida como Adélia (casou com Domingos Fuga), Silvio Francisco Nobile Cerato (casou com Adelina Darós), Paulina Angela Cerato (casou com Jatyr Francisco Foresti) e Angelina Cerato (casou com Oscar Magnabosco).
Jacinto Cerato transferiu-se com a família para Marau em 1918 e instalou a primeira farmácia do local: Farmácia Santo Antônio. Sua residência ficava bem próxima: ao lado do Edifício Paz e Bem (em frente à atual Padaria Fattini)... Uma casa no alto, mais elevada que o nível da rua, e o terreno formava um "L" em volta do edifício da esquina.
Ele era considerado médico prático. Há registros de muitas referências de atendimentos à população da época. Para realizar as consultas no interior, fazia uso de uma charrete puxada por dois cavalos. Durante 17 anos, coube a ele atender toda a vila. Recebia orientações, sempre que precisava, de um médico passofundense. Em 1935, com a vinda de Elpídio Fialho a Marau, primeiro médico formado a atuar por aqui,, Jacinto Cerato passou a dedicar-se apenas à sua profissão de farmacêutico. Abriu mais uma farmácia em Marau/RS e também outras em Tapejara-RS, Camargo-RS e Vila Maria/RS (que ficaram sob responsabilidade dos filhos Carlos, Anita e Sílvio).
Seus filhos homens estudaram em São Leopoldo/RS: Carlos - farmacêutico, Silvio - farmacêutico e Lino - químico. As mulheres cursaram magistério em Guaporé/RS.
Homem austero e íntegro, muito contribuiu para o desenvolvimento de Marau.
Faleceu em 2 de maio de 1948.
Leva seu nome, em Marau, a quadra no Bairro Rigo entre as ruas Antônio Pedro Rigo e Frei Gentil.